​​​A hipocrisia do PSD sobre a pobreza em São Miguel não tem limites

PS Açores - 11 de janeiro, 2018
O Partido Socialista de São Miguel rejeita liminarmente a leitura tendenciosa, superficial e descontextualizada com que a CPI do PSD se pronunciou, ontem, sobre os dados relativos à pobreza na Ilha de São Miguel. Ao contrário de outros, em tempos bem recentes, o combate à pobreza foi, desde sempre, uma prioridade assumida pelos Governos Regionais do PS.

A resolução dos problemas relacionados com a pobreza nos Açores tem merecido uma abordagem estrutural, rigorosa e transparente, e, ao contrário do que afirma o PSD, registaram e registam um assinalável sucesso ao longo das governações do PS nos Açores.

O PSD revela uma hipocrisia sem limites ao esquecer, propositadamente, que o percurso de melhoria dos indicadores relacionados com a pobreza nos Açores sofreu um enorme retrocesso por via da verdadeira calamidade social que representou o governo da República de Passos Coelho, um executivo que mereceu o apoio entusiástico e incondicional dos mesmos que agora injustamente acusam o Governo Regional de falhar.

Se dúvidas houvesse desse apoio laudatório, a essa estratégia de empobrecimento generalizado do país e de ataque aos desfavorecidos, basta verificar a efusividade fanática com que o líder do PSD/Açores, no âmbito das eleições internas nacionais do PSD, teima em preservar e elogiar o legado de Pedro Passos Coelho na gestão do país e na relação com as autonomias regionais.

Mesmo perante uma governação nacional que cortou “às cegas” os apoios e os rendimentos sociais aos quem mais deles necessitavam, ao mesmo tempo que agravou todo o tipo de impostos, nos Açores os Governos do PS mantiveram a capacidade de tomar medidas em contra ciclo que atenuaram os efeitos mais agressivos das políticas absolutamente insensíveis da governação do PSD e de Passos Coelho. Só é pena que nessa mesma altura as autarquias de Ponta Delgada e da Ribeira Grande, onde persistem os casos mais acentuados de pobreza, não tenham tido a capacidade de, também elas, desenvolverem medidas relevantes de ajuda aos mais necessitados.

A verdade é que, infelizmente, o PS não tem nada a aprender com o PSD no que diz respeito à luta contra a pobreza.

A luta contra o flagelo da pobreza não tem uma solução fácil ou rápida. É um empreendimento que implica um esforço por décadas e que exige uma abordagem em rede, articulando várias vertentes como a educação, a formação, a habitação, a saúde e o emprego, entre outras, visando a plena autonomias dos indivíduos e das famílias.

É esse trabalho difícil e exigente que o PS se orgulha de ter realizado nos últimos anos nos Açores. E é esse caminho que será prosseguido e melhorado, fruto da aprendizagem e das experiências técnicas no terreno, através da implementação da Estratégia Regional para o Combate à Pobreza.

A Região regista um novo ciclo vigoroso de recuperação económica e de dinamização do mercado de emprego, um processo que assenta numa clara e comprovada convergência com as médias de desenvolvimento europeias e nacional.

Estes indicadores, que atestam o sucesso da governação regional e nacional do PS, e que tanto incomodam o PSD, são mais um elemento de otimismo e de confiança num rumo que terá sempre como prioridade a luta contra a pobreza e a exclusão.

O PS nunca esquece os mais carenciados e os que mais necessitam de ajuda. O nosso património político e as nossas realizações na governação comprovam-no todos os dias.

Para o PS a luta contra a pobreza não é uma medida de caridade é um ato de justiça.